quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Uma decisão partidária?

O que terá feito com que a CNE, depois de vários processos eleitorais a ignorar a Lei, neste (processo) tenha, como apregoa, se cingido nela – Lei – para colocar “fora de jogo” alguns partidos políticos? Embora sob o ponto de vista legal a decisão da exclusão tenha deixado pano para mangas. Aliás, uma decisão que muitas pessoas esperavam que não procedesse no CC. Debalde. Contudo, amiúde aventa-se à hipótese de que a CNE, neste episódio, seja apenas o cavalo de Tróia. Uma espécie de cavaleiros da Tavóla Redonda. Os bobos da Corte. Ou seja, nesta questão, digo por hipótese, por trás da CNE há uma criminoso de colarinho branco. Quando digo por trás não estou a falar de Leopoldo, mas sim de quem mexeu, em algumo momento os cordelinhos para que ele fosse colocado naquele cargo.
A maior ameaça para a hegemonia dos maiores partidos do país era, de facto, o MDM. Até porque podemos colocar a questão nestes termos: Dois dois partidos com assentos no parlamento qual é que tinha poderes para ‘eliminar’ o MDM? A Frelimo é claro. Mas que interesse a Frelimo teria em eliminar o MDM se o partido de Daviz Simango entraria para disputar a hegemonia da Renamo. Será? O MDM tem expressão nas zonas rurais ou é um no meio urbano em função da maior instrução dos seus habitantes?
Tenho quanto a mim que o MDM é um partido que tinha muitas hipóteses no contexto urbano. Nas zonas rurais o MDM é um partido sem expressão política e sem bases. É preciso analisar quem, de facto, tinha medo das réplicas do terramoto político da Beira. Até porque se esse cenário se confirmasse nos meios urbanos e por mais que Guebuza voltasse a ponta vermelha a Frelimo sairia do processo chamuscada. E isso não é bom para um partido que libertou o país e fez muitas coisas. E, nestas circunstâncias, a Frelimo pode ter um dedo na decisão do CC.

3 comentários:

  1. olha sobre quem beneficiou adecisao da cne e do cc tudo o que formos a dizer a respeito sera pura especulacao mas ja que nos blogs temos esta liberdade vamos a isto
    no ultimo debate da nacao da stv soube pelos dados apresentados que a populacao rural e aque mais vota mais esta deve ser divida em regioes porque por mais que queiramos tapar esta realidade com a peneira o regionalismo ainda existe havemos de ver nas presidenciasi e legeslativas a renamo por mais fragilizada que esteja vai conseguir votos consideravel que pode deixar a fre aflita e uma possivel forca no centro e no norte com a dimensao e velocidade com que o mdm vinha crescendo atendendo o regionalismo robaria mais ainda os eleitores que a fre tanto almeja,o regionalismo de que eu falo e aquele que se verifica em gaza, na beira, no maputo etc o norte sempre teve influencias directa do centro dai que estes quase nunca estao separados nas decisoes eleitoral

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  2. Assumir que houve uma mao externa na decisao do CC pode ser uma especulacao, mas nao eh menos verdade que a maior parte das coisas nesse pais funcionam desse jeito. Esta-se sempre a cumprir ordens, disciplina partidaria, entre outras dementes decisoes dos chefes.

    O nosso sistema de governo eh presidencialista demais, basta receber uma chamada do presidente da republica para se tomar uma atitude, nao importa o que se anda ai a dizer, desde que o presidente esteja satisfeito.

    O reginalismo nao eh de hoje, sempre existiu. Mesmo nos momentos da luta de libertacao. Nao eh por acaso que todos que eram do norte e centro foram reaccionarios e os do sul herois.

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  3. ilustre LL-LL
    Admiro o quao lucidas sao as suas visoes, mas como sempre pejadas de senso comum e paixoes partidarias. Nao convem, fazer-mos vaticinios infundados, o MDM tem de comer muita papa para acabar com a tradicional bipartidarizacao da politica mocambicana. Eu pessoalmente meu caro LL, vou pelas alternacias do poder o que significa que, tanto quanto muitos dos meus conterraneos nacionais, gostaria que as coisas mudassem neste pais, mas o meu cepticismo mo impede. Portanto seria de bom grado que o MDM, fizesse voos mais altos ainda, contudo parece que as ultimas decisoes do CC em conluio com as patranhas da CNE, adiarao este desejo transforamando-o cada vez mais em uma miragem que relega as nossas esperancas para 2014
    PAZ. claro sem ilusoes.

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